REVIEW: ORIENTAL INFORMATICA (O.I.)

Olá amiguinhos, vou fazer um review de uma instituição comercial, a Oriental Informática (O.I.).
Trabalhei lá durante algum tempo no verão de 1987 e vou dizer como as coisas funcionam!

Infelizmente a instituição comercial atende principalmente clientes doidos com sérios problemas na cabeça que pensam que a instituição é um AÇOUGUE ou algo do tipo pois querem que o serviço seja realizado antes mesmo que a Ordem de Serviço seja feita!Geralmente os que querem assim são amigos do dono, que chegam BERRANDO e com isso fazem com que o dono do estabelecimento faça o mesmo com os funcionários na frente do cliente para demonstrar firmeza.Se o cliente é amigo do dono (o que acontece com aproximadamente 80% deles), não importa o que o pobre funcionário esteja fazendo, tem que olhar o PC do QUERIDO cliente.O dono tem sérios problemas em falar português, e com isso são dadas ordens pela metade, cabendo ao funcionário adivinhar o que o chefe queria dizer.O estabelecimento trabalha com o velho sistema "Passe a perna nos seus compatriotas e seja feliz" que funciona em arrancar dinheiro dos brasileiros e gastar somente com seus compatriotas, porém deve-se gastar muito mais que o preço do mercado normal.Assim é assegurada uma grande movimentação de dinheiro, fazendo a comunidade crescer cada vez mais, ao mesmo tempo explorando os pobres funcionários brasileiros.(O salário dos funcionários é uma pedra no sapato desse sistema, como podem notar.)
Os donosdo estabelecimento vêm de um país horrível em que se trabalha 10 horas por dia, e por isso pensam que aqui deveria ser assim.Eles ainda fazem o possível para que realmente seja, mantendo os funcionários ocupados além do horário do expediente e não pagando horas extras.Segundo as leis da casa, "hora extra é só depois das 8 da noite".
Eu trabalhava com atendimento externo, atendendo clientes nas suas residências e/ou lojas.Boa parte dos clientes ficava em um lugar HORRÍVEL chamado "25 de Março".Era realmente um FREAK SHOW, todas aquelas pessoas comprando tranqueiras e vendendo tranqueiras felizes da vida.E lá estava eu trabalhando para os vendedores de tranqueiras da 25 de Março, instalando câmeras de segurança para que eles pudessem saber quando a polícia estivesse chegando no depósito de tranqueiras FROM CHINA.Houve até uma ocasião em que a polícia realmente chegou quando eu estava lá, mas infelizmente não mataram o comerciante filho da puta.
Era um inferno pois quase sempre tinha que voltar a pé, passando por aquela multidão maldita.
As práticas comerciais do nosso querido chefe eram as melhores, às vezes ele pessoalmente mandava retirar peças de um cliente para consertar outro, pois o cliente estava dando a louca e queria seu computador urgentemente, ao mesmo tempo que nosso estabelecimento não tinha estoque e as negociações com os """"""""fornecedores"""""""" demoravam certo tempo.
Os fornecedores eram lojas da Santa Ifigênia, popular centro de contrabando de eletrônicos de São Paulo.
Os preços dos produtos eram diferenciados, o exemplo clássico era o gravador de DVD que custava 140 rupees para brasileiros e 190 rupees para os compatriotas que lá viviam e gostavam de pagar mais caro para o seu querido povo.
Era tudo muito bem planejado, muitas vezes tínhamos que ficar até mais tarde para montar algum computador pois as peças demoravam para chegar.
Nosso chefe sempre vinha com palavras de incentivo como "OI AGORA AGORA HEIN!!!", "OIII URGENTE!!!", "OIII TENTÁ!!!", "OII FAVOOOOR!!!" e similares.
Não tínhamos outra escolha.Certa vez ficamos até 8 da noite de um sábado para terminar um PC que valia 2000 rupees e foi vendido por 12000 para um imbecil.
Não ganhamos nada por isso, pois sempre que chegava o dia do pagamento encontrava-se uma desculpa para não pagar as horas extras.
E é assim que funciona esse maravilhoso estabelecimento conhecido como Oriental Informática (O.I.).
Qualquer semelhança com estabelecimentos coreanos do bairro do Bom Retiro é mera coincidência.

Pensem nisso.